9 de setembro de 2007

Contar histórias em sala de aula

Contar história na sala de aula pode ser muito divertido porque estimula a imaginação dos alunos. Mas pode atingir outros objetivos, como: educar, instruir, desenvolver a inteligência ou mesmo ser instrumento para descobertas sobre o aluno no campo pessoal, pois, muitas vezes, durante a história, eles falam do que os incomoda, sem vergonha ou medo, já que se vêem dentro da própria história.

Uma história bem contada pode ajudar o aluno a interessar-se pela aula. Permite, em geral, a auto-identificação, favorece a aceitação de situações desagradáveis e ajuda a resolver conflitos.

Porém é necessário escolher a história com muito cuidado, adequando o assunto à faixa etária dos ouvintes e aos objetivos do próprio professor. A escolha da história funciona como uma chave mágica e tem importância decisiva no processo narrativo.

Todo professor tem dentro de si um contador de histórias, apenas precisa encontrá-lo e aprimorá-lo. Para que isto aconteça aqui vão algumas dicas, segundo Malba Tahan, para que você seja que um bom contador de histórias :

1ª - Sentir, ou melhor, viver a história; ter a expressão viva, ardente, sugestiva. A história deve despertar a sensibilidade de quem a conta, sem emoção, não terá sucesso.

2ª - Narrar com naturalidade, sem afetação. O vocabulário utilizado deve ser adequado ao público ouvinte. Na oralidade é preciso ser mais claro e objetivo, sendo necessário, às vezes, completar as idéias da história.

3ª - Conhecer com absoluta confiança o enredo. O contador tem que estar seguro sobre o que vai contar, do contrário é melhor não contar.

4ª - Dominar o interesse do público. Sempre buscar maneiras de fazer com que os ouvintes permaneçam concentrados na história.

5ª - Contar dramaticamente. O contador pode se passar por algum dos personagens ou por todos.

6ª - Falar com voz adequada, clara e agradável. Não convém falar em falsete ou impostando a voz, a não ser que seja em momentos específicos para caracterizar um personagem.

7ª - Ser comedido nos gestos. Se exagerar em gestos sem objetivos, quando fizer um que seja necessário para melhor entender a história, não será notado.

8ª - Ter espírito inventivo e original.Contar as histórias com suas próprias palavras – contar o que está velho de forma nova. Se a história for de livro deve ser adaptada, pois a linguagem escrita é diferente da oral.

9ª - Ter estudado a história. Não é necessário decorar, mas sim testar diversas possibilidades de exploração oral para contar com espontaneidade.